Entre as mais de 100 espécies, a tilápia vermelha é também conhecida por Saint Peter ou Saint Pierre. Pertencente à família Cichlidae, trata-se de um peixe de escamas de água doce, desenvolvida em Israel, que vem sendo introduzida em quase todo o Brasil.
Essa espécie exótica foi generalizada como sinônimo de tilápia
vermelha na região sudeste e diversas linhagens vermelhas são assim
denominadas. De um modo geral as linhagens vermelhas cultivadas no
Brasil apresentam crescimento inferior entre 30% a 50% e uma menor
eficiência reprodutiva comparada à linhagem tailandesa.
Essa espécie de corpo um pouco alto, comprimido e cor vermelha tem
maior aceitação e valorização em certo nichos de mercado, que as
tilápias cinzas, justificando assim o cultivo das vermelhas em algumas
localidades.
Tolerância à água salgada
Algumas variedades de tilápia vermelha são tolerantes a água salgada.
A tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus) é conhecida por
tolerar salinidades oceânicas, bem como as tilápias vermelhas com
herança da tilápia de Moçambique também podem ser cultivadas ao redor de
36 g/l de salinidade. As variedades Flórida e Taiwanesa também crescem
igual, ou melhor, em água salgada. A variedade Flórida pode se
reproduzir em salinidades acima de 36 g/l, entretanto, as taxas de
fertilização dos ovos, eclosão e sobrevivência das larvas são mais altas
em 12 g/l e caem acentuadamente a partir de 18 g/l. Por sua vez, a
tilápia do Nilo não é tão tolerante a água salgada quanto os híbridos de
tilápia vermelha com herança genética da tilápia de Moçambique. Apesar
de poder se adaptar a salinidades de 25 a 30 g/l, a tilápia do Nilo tem
um crescimento comprometido em salinidades acima de 15 g/l. Há registros
de que a tilápia do Nilo desova em salinidades acima de 20 g/l, mas a
eclosão dos ovos já é reduzida em salinidades acima de 10 g/l, comparado
com a água doce ou 5 g/l de salinidade.